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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Escrever é uma saída

              
   Algumas vezes se perdemos em uma rua em busca de algum local, indo na direção errada, virando uma esquina qualquer, naquela incerteza maldita que nos cerca. Mas mesmo perdido você encontra alguém que diz a direção certa a ser tomada, e finalmente, consegue chegar ao local esperado — mesmo atrasado.
 A vida é assim, não tem manual, não tem placas sinalizadoras e raramente, há pessoas que te guiam. Mas todos nós buscamos um guia universal, uma fonte de inspiração, um lugar que nos traga paz ou até mesmo, algo que nos faça bem para poder então seguir em frente. Deus é nosso guia, e o resto depende de cada um.


    E mesmo por vezes se perdendo no enredo enigmático da vida, eu percebo que a saída está na escrita. É um desabafo complexo, um desnudar de sentimentos, um despejo de dor em uma folha. A escrita com emoção é como banhar uma folha com lágrimas, beijos e abraços, transformar o texto em algo completo. E eu uso o vazio que existe em mim para preencher o vazio de uma folha. De certa forma, nossos vazios se completam de um modo perplexo, esquisito e por vezes, se torna um encaixe perfeito para uma situação tão complicada. 


    O ruim da escrita é que mesmo entornando os sentimentos na folha, ele nunca vai acabar. Ele só vai se tornar mais forte durante à escrita e depois da leitura. É incrível como escrever nos faz pensar mais sobre as coisas de um modo tão profundo que começamos a ver pontos negativos naquilo que só achávamos positivo. E mesmo sem um futuro promissor neste ramo, escrevo pra desabafar, pra por pra fora o que me martiriza, o que me torna escrava de um sentimento tão puro. Trago comigo textos e frases que sei que vou levar como lição à cada dia, não só pra mim, mas pra você.
 Escrever é a minha saída e sua?

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